quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O poder das velas


A maioria de nós já fez um primeiro ritual com velas, por volta dos três anos de idade. Lembra-se dos seus primeiros aniversários? Soprar as velas do bolo e fazer um pedido? Este hábito da infância baseia-se em dois princípios mágicos muito importantes: a concentração e o uso de um símbolo para focalização. 
Em termos simples quer dizer que se você quer que algo aconteça, precisa primeiro de se concentrar (fazer o pedido) e então associar o seu desejo mágico ao ato simbólico de soprar as velas. A força da sua vontade faz o sonho realizar-se. Técnicas análogas são usadas na magia e no ritual das velas.
Os atos rituais que se seguem são destinados a agir como agentes solidificadores para concretizar uma forma de pensamento projetada e enviada pela mente de quem acende a vela. Em essência, o ritual age como o impulso que traz o pensamento, desde a imaginação completada até a manifestação física no plano material.
A chama da vela é a conexão direta com o mundo espiritual superior, sendo que a parafina atua como a parte física da vela ou símbolo da vontade, e o pavio a direção.
As velas vieram para a Umbanda por influência do Catolicismo.
Nos terreiros, há sempre alguma vela acesa, são pontos de convergências para que o umbandista fixe a sua atenção e possa assim fazer sua rogação ou agradecimento ao espírito ou Orixá a quem dedicou. 
Ao iluminá-las, homenageia-se, reforçando uma energia que liga, de certa forma, o corpo ao espírito.
A função da uma vela, que já foi definida como o mais simples dos rituais é, no seu sentido básico, o de simplesmente repetir uma mensagem, um pedido.
 O pensamento mal-direcionado, confuso ou disperso pode canalizar coisas não muito positivas ou simplesmente não funcionar. Diz um provérbio chinês: "cuidado com o que pede, pois poderá ser atendido". A pessoa se concentra no que deseja e a função da chama é o de repetir, por reflexo, no astral, a vontade e o pedido do interessado. 
O ato de acender uma vela deve ser um ato de fé, de mentalização e concentração para a finalidade que se quer. É preciso que se tenha consciência do que se está fazendo, da grandeza e importância (para o médium e Entidade), pois a energia emitida pela mente do médium irá englobar a energia ígnea (do fogo) e, juntas viajarão no espaço para atender a razão da queima desta vela.
Sabemos que a vida gera calor e que a morte traz o frio. Sendo uma chama de vela cheia de calor, ela tem amplo sentido de vida, despertando nas pessoas a esperança a fé e o amor.
Quem usar suas forças mentais com ajuda da "magia" das velas, no sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o fluxo de energia, ou seja, se o seu pensamento estiver negativado (pensamentos de ódio, vingança, etc.), e utilizar para prejudicar qualquer pessoa, o retorno será infalível, e as energias de retorno serão sempre maiores, pois voltarão com as energias de quem as recebeu.
A intenção de acendermos uma vela gera uma energia mental no cérebro; é essa energia que a entidade irá captar em seu campo vibratório.  Desta forma, é inútil acreditar que, podemos "comprar favores" de uma entidade, negociando com um valor maior de quantidade de velas. Os espíritos captam em primeiro lugar, as vibrações de nossos sentimentos, quer acendamos velas ou não!

A cera natural, vinda das abelhas, é impregnada dos fluidos existentes nas flores, em grande quantidade. Este elemento, vindo da natureza, é utilizado na prática do bem e do mal, como matéria-prima poderosa para somar-se com os teores dos pensamentos, tornando eficaz o trabalho e o objetivo ao qual se propõe. É considerada, na espiritualidade, como uma das melhores oferendas por ter, em sua formação, os quatro elementos da natureza ativos, desprendendo energia. O fogo da chama, a terra e água (através da cera), o ar aquecido queimando resíduos espirituais.

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